que saco!

.....Quem será essa Rosana Melo a quem prestam homenagens? A foto é de uma cadeira com o nome dela na Assembleia Legislativa, ao receber uma comenda. E daí, cara pálida? O que devo fazer com a medalha, as honrarias, diplomas e a situação de comendadora? Na hora do aperto, que são todas as horas do dia e todos os dias do mês, todos os meses do ano, de que me servem? Lembranças? Quem é essa Rosana Melo que alguns poucos elogiam o trabalho, a dedicação, a ética, sei lá o que? A conhecem? Sabem o que pensa? O que passa? Suas angústias? A solidão que sente em todos os aspectos? A cadeira vazia com seu nome é o melhor retrato de uma vida cada dia mais vazia e sem propósitos, sem ambições. Lutar a luta alheia, travando uma batalha interior não é fácil. Cansa o corpo, a mente, a alma. Clamo por descanso. Por paz!

blá

Falar de violência criminal todos os dias é complicado. Cerca de 90% dos crimes que acompanho tiveram como vítimas usuários de crack. Que Droga! Políticas nacionais têm sido divulgadas para esclarecer a população sobre o vício, sobre a droga e tudo mais. Não acho que seja tarde para isso, mas este esclarecimento poderia ter sido feito quando o crack começou a ser usado em São Paulo no final dos anos 90. Nada foi feito e a porcaria se alastrou pelo país. Com ele, a violência e a criminalidade... É triste ver que pessoas próximas já foram cativadas pela pedra. Crack mata. Traficante mata. A polícia mata. Tudo é uma droga.

Bobeira pouca é bobagem

Encontrar o celular da publicitária Pollianna Arruda com o irmão de um militar que "isolou" o local do crime foi grotesco. Depois de dois meses investigando o caso, a Deic foi surpreendida com a prisão do rapaz que estava com o celular da vítima. Ele disse que comprou o aparelho do irmão e...Bomba! O irmão era o policial que era responsável pela preservação do local de crime. Como bobeira pouca é bobagem, todo mundo ficou pasmo com a situação, como se isso nunca tivesse acontecido antes. É comum a perícia chegar ao local do crime e encontrar pegadas de coturnos em todo lugar. O local já foi violado. Vez ou outra somem coisas. Quem as pega? Qualquer um. A preservação de local de crime em Goiás chega a ser uma piada. Santo Grisson de CSI que nos proteja!!!

Deu a louca no pentágono?

Fontes da Polícia Militar não ficaram nem um pouco satisfeitas com a ordem superior - seria do Roller? - para que o Batalhão de Choque evitasse a qualquer custo a ocupação dos prédios do Instituto Médico Legal e Instituto de Criminalística pelos policiais civis em greve. Equipes do Choque ficaram o dia todo de guarda nos locais, mas, felizmente, nenhum confronto aconteceu. Seria uma canificina oficial. Polícia matando ou ferindo polícia. Credo! O bom senso imperou por parte dos grevistas e eles nem apareceram para evitar confusão. Sábia decisão mesmo! A deles, porque quem determinou que a PM fizesse a tal guarda se esqueceu que no final de semana ocorreram oito homicídios na grande Goiânia, que a capital é campeã em furtos e roubos de motocicletas, que os latrocínios este ano são o dobro do ano passado e que a população está refém de bandidos. Cidade com melhor qualidade de vida, a jovem Goiânia sofre com tanta violência e tem seu título ameaçado caso as autoridades de segurança pública não estudem uma solução. E com urgência. P.s. -Para quem ainda não sabe, Pentágono é o apelido dado pelos militares ao prédio da Secretaria de Segurança Pública. É ridiculo, mas do tamanho da pretensão de quem o ocupa. Até a próxima.

Só alguns comentários...

A partir de hoje vou usar este blog para comentar algumas coisas que penso sobre segurança pública, violência e criminalidade em Goiás. Vou parar com sentimentalismos e soltar o verbo, afinal de contas, jornalista é isso mesmo: vive de notícias. Lembro que na semana passada, assistindo a uma entrevista na GloboNews com o secretário nacional de segurança pública, Ricardo Balestreri, fiquei estarrecida. O secretário disse que o crime organizado não pratica um poder paralelo no Brasil. Na "verdade", segundo Balestreri, o poder do crime organizado no país é transversal. Credo! Ou o secretário não sabe a diferença entre transversal e paralelo, ou admitiu que o governo federal - entenda-se executivo, legislativo e judiciário - é o ponto mais alto da criminalidade no país. O crime organizado passa por todas as camadas sociais até chegar à base, o trabalhador. Tá! E agora? Vamos fechar tudo com bastante tijolo e cimento e encher de água. Tem mais jeito não. Agora, acabou mesmo!
Prefiro não concordar com o secretário e continuar afirmando que o poder do crime organizado é mesmo paralelo e que chega aos altos escalões ou de lá partem com o pagamento de altas propinas. Tudo muito criminoso, nada oficial. Assim, com esperança de alguma melhoria - apesar de nada me ocorrer por enquanto -, durmo mais tranquila. Até a próxima.

Sábado no Serra

O dragão não venceu, mas mesmo assim a tarde de sábado no Serra Dourada foi ótima. A histeria de torcedores fanáticos é hilária. O time não recebeu o bicho e foi mole em campo. E daí, cara pálida? Capitalismo em campo. Mais que normal.
Ganhei os ingressos e fui com as meninas. Foi ótimo! Precisava sair um pouco da minha rotina...

Lost?

A pose à la "Lost" ficou muito engraçada e eternizou - pelo menos para nós - uma boa noite entre amigos. Carla, Adriano, Marília, eu, Ricardo e Deire jogamos sinuca, bebemos e rimos muito. Bons tempos. Lembrei desse dia porque hoje fiquei tão feliz quanto naquele. Senti o acolhimento que só amigos proporcionam nos momentos difíceis. Foi com a força de tantos amigos que deixei a depressão no passado e me sinto forte para lutar, como sempre fiz. O que fizeram por mim nunca será esquecido. A gratidão é um sentimento muito bom...Respiro e vivo este sentimento hoje. É muito bom também não ter desistido dessa convivência... De Lost essa foto não tem nada, afinal ninguém aqui está perdido.

Pensando bem...

Tem dia que a gente acorda de bem com a vida. Hoje foi assim. Depois de dias deprimida por causa dos problemas, acordei animada para a vida. Lembrei o quanto valeu a pena adquirir tantas dívidas... Receber minha irmã para uma galinhada (feita por ela, óbvio), ter a Ana Paula e a Ana Clara perto de mim e a certeza de que a Ana Elisa está feliz pescando... Tudo isso é gratificante. Foi bom passar o dia com a família e ter a certeza de que amanhã volto a fazer o que mais gosto: trabalhar.

Passei horas conversando com um psicólogo que não me lembro o nome, em uma viagem ao Sul do país em junho. Hoje lembrava disso. Ele me disse que sou uma pessoa angustiada com o mundo, com as pessoas que me cercam, mas muito segura de mim e centralizadora. O segundo ponto precisaria ser trabalhado e recomendou que na volta para Goiânia eu fizesse terapia. O ignorei solenemente. Eu estava em um spa chiquérrimo, sendo tratada como uma rainha, comendo iguarias desconhecidas e maravilhosas, mas sentia uma falta tremenda da redação do jornal e dos meus amigos e colegas. Ele achou normal. Eu também!

Uma noite no meio

Minha mãe sempre foi uma otimista... Gostaria de ter pelo menos 10% do otimismo dela, mas hoje, enfrentando tantos problemas, talvez eu não tenha condição de alcançar este índice. Ela dizia que não havia nada como um dia após o outro com uma longa noite no meio. Acho que estou passando pela noite... Quando amanhecer, devo retomar o ânimo e seguir em frente, sem vacilos, tentando corrigir alguns erros. Afinal, como ela dizia, eu parecia um relógio, trabalhava o tempo todo. Vou retomar essa rotina... Chega de bobeira! Já me chamaram de muita coisa, mas de imbecil, nunca.

Dia nublado

Ainda bem que estou de folga... Depois de uma semana de intenso trabalho, muitas matérias e responsabilidades, hoje posso ficar por conta da família, da casa, do Nenem e do Viola e é claro, de mim. Acordei, abri a janela do quarto e dei de cara com essa ararinha tomando seu café da manhã. O Walter correu e fez a foto. Não é que ela me pousou para a foto? O dia começou bem. A natureza não me deixa desanimas, mas o dia nublado me deixa mais lenta. Vou aproveitar e tirar uma soneca mais tarde, ler um pouco, ouvir boa música (rock, é claro) e curtir a preguiça típica de dias assim...

Se saudade tem um nome, esse nome é Edgar!

Dois meses depois de sua morte é que consigo retomar esse blog... Não é fácil falar do sofrimento, internação e morte do meu pai. Homem nobre, reto, exemplo. Nunca discutiu com minha mãe e cuidou dela até que ela parasse de respirar. Guiou a mim e a minha irmã. Na foto, o registro de nossa visita a um primo. O pai quis ir ver meu primo Salminho, no ano passado, em Mairipotaba. Salminho estava com câncer. Foi nossa última visita. Ele, o companheiro de pescaria do meu pai, morreu. Acho que por causa de alguma pescaria imperdível no céu, meses depois, meu pai se foi.
Ficou saudade, muita saudade! Perdi minha referência e busco meus rumos. Sinto saudade desse dia na fazenda do Salminho. Deus sabe o que faz. Cabe a mim juntar os cacos...