quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Carteirada maldita!

Pela primeira vez na vida tive de dar uma "carteirada" e fiquei indignada. Depois de quatro meses de seca, choveu. Aliviou geral. Não achei que aquela chuva maravilhosa fosse transformar nossa noite. Cheguei em casa à noite, depois de um dia cansativo no jornal e simplesmente não tinha energia. Ligamos na companhia de energia repetidas vezes e nada! Ninguém atendia!
Quando conseguimos, nada também! Não apareceu ninguém para restabelecer o fornecimento de energia. Mera necessidade de consumidor? Não! Meu pai, que está prestes a completar 80 anos, é renal crônico e durante todas as noites tem de ficar ligado a uma máquina de diálise peritoneal. Ela é ligada na energia elétrica.
Nenhum dos contatos com a companhia elétrica deu resultado. Ninguém dormiu direito. Principalmente meu pai. Quando cheguei ao jornal, à tarde, muito por acaso, o assessor de imprensa da companhia de energia me ligou para falar de uma matéria e acabei contando meu caso.
No final da tarde, minha irmã me liga e pede que eu agradeça ao diretor da companhia, que ligou em pessoa para a casa do meu pai. A energia havia sido restabelecida. Agradeço profundamente a atenção do diretor, mas ao mesmo tempo, fico indignada com o fato de ter sido atendida apenas depois de dar a tal carteirada maldita. Jornalista pode! Consumidor Cidadão, não! Uma vergonha! Assim funciona o Brasil...

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